coletando a literatura-jóia da capital. "a cultura pop nos ensina a viver".

Arquivo Cleiton Shelley pt. 2 - Coluna Pop Out!

1. 10/05/2007 - "Antes que o mundo exploda" http://www.reciferock.com.br/2007/05/10/pop-out-antes-que-o-mundo-exploda/
ANTES QUE O MUNDO EXPLODA
“You hate that burning feeling

But you love that feeling you hate
You wake! Are you dying or killing?
You will always feel the same”
Mellotrons, em “Tongue”

Direto de Barcelona, Espanha
Salve o mundo, salve a não-tão-nova cena musical pernambucana e, antes que o mundo exploda, resolvi começar essa coluna já dizendo a que vim: muito rock. Depois de noites mal dormidas esperando o meu visto de trabalho sair, aqui estou: em Barcelona. Longe dos rios, das pontes e dos overdrives, mas muito bem, obrigado. É isso aí, a partir de agora você vai ficar a par de tudo o que acontece por aqui na capital da Catalunha. Ok, ok. O que isso tem a ver com a não-tão-nova cena musical pernambucana? Bem, esse colunista aqui… É recifense e embora estando longe ele quer manter o contato com esse cenário (paradão!) que ele gosta muito. Já que ultrapassei fronteiras e tive que deixar a cidade por um tempo. Vou deixar de blá blá blá e apresentar a coluna que (até agora não sei por que) resolvi chamar de Pop Out.
Só para você ter uma idéia do que será a tal Pop Out, e o que afinal eu vou transmitir daqui, vai uma notícia:
PRIMAVERA SOUND 2007

De 31 de Maio a 2 de Junho, em Barcelona, no Parc del Fòrum, acontece o Primavera Sound Festival 2007. Como já foi dito, o festival acontece no Parc del Fórum(para quê repetir?), que foi construído para o Fórum Universal das Culturas em 2004, com uma arquitectónica bastante atual. Localizado no Mar Mediterrâneo, o recinto possui as condições perfeitas para suportar grandes eventos deste calibre: três palcos, com um especial destaque para o anfiteatro ao ar livre. Veja só! Esta é uma zona privilegiada porque existe uma boa rede de meios de transporte para a zona centro. Não posso perder! Estou aqui roendo as unhas para que esse dia chegue rapidamente. Sem mais, dá uma olhada no Line Up:
31/05: The Smashing Pumpkins, The White Stripes, Slint performing Spiderland, Melvins performing Houdini, Dirty Three performing Ocean Songs, Explosions In The Sky, Herman Düne, Fennesz & Mike Patton, Comets On Fire performing Blue Cathedral, Justice, Girl Talk, Fujiya & Miyagi, Bola, Ghouls´n´Ghosts, Parenthetical Girls, Alexander Tucker, Veracruz, Za, The Light Brigade, Anticonceptivas
01/06: The Fall, Maxïmo Park, Los Planetas, Spiritualized acoustic mainlines, Modest Mouse, Built To Spill, Billy Bragg, Blonde Redhead, Band Of Horses, Low, The Rakes, Barry Adamson, Girls Against Boys, Beirut, Portastatic, Sr. Chinarro, Black Lips, Hot Chip, Black Mountain, David Thomas Broughton, Mus, Jay Reatard, Brightblack Morning Light, Death Vessel, Half Foot Outside, Ginferno, X-Wife, Plastic D´Amour, Chromeo, Errors, Evripidis And His Tragedies, One-Two, People Are Germs, AA Tigre, How Dare You!Tenda Eletrônica: Diplo, Umek, Luke Slater, Kid Koala, Technasia, Bonde Do Role, Dj Yoda, Reinhard Voigt, Spank Rock, Toktok
02/06: Wilco, Sonic Youth performing Daydream Nation, Patti Smith, The Good The, Bad & The Queen, Buzzcocks, Jonathan Richman, Isis, Robyn Hitchcock And, The Venus 3, The Long Blondes, Architecture In Helsinki, Pelican, Múm, Shannon Wright, Ted Leo & The Pharmacists, Klaxons, The Durutti Column, Standstill, The Apples In Stereo, Battles, Lisabö, Kimya Dawson, Matt Elliott & his orchestra, Grupo De Expertos Solynieve, Grizzly Bear, Oakley Hall, Shitdisco, Thee Earls, Ovni, Raülmoya y el Trío Miniña, Koacha, Peluze, 6PM, Man Like Me, Le PiancTenda eletrônica: Hell, Erol Alkan, Nathan Fake, Ivan Smagghe, Luomo, Play Paul, Dominik Eulberg, David Carretta, Oliver Huntemann, Mijk Van Dijk
03/06: Festa de despedida: Of Montreal, Erol Alkan, The Orchids, Malajube, Apostle Of Hustle, Apse, Southern Arts Society
Pronto. já falei demais do Primavera Sound Festival 2007 nessa coluna. Mas ainda acho que está faltando alguma coisa… já sei:


RRRRRROCK E MAIS RRRROCK

Alguém aí já ouviu “Pretending” do Sweet Fanny Adams? É uma canção e tanto para embalar uma noite, não? Ouvindo não dá pra pensar em outra coisa a não ser em rrrock e sexo. Sweet Fanny Adams é uma banda que frequentou (com certeza!) a escolinha The Stooges, e que poderia ser comparada (hoje em dia, é óbvio) com os jovens do Arctic Monkeys que também frequentaram essas aulas. Os jovens do Sweet Fanny Adams, entretanto, mereciam um pouco do hype que o quarteto inglês tem/teve. Mas como em Recife não existe isso, misture o fraseado das guitarras, o compasso instigante da bateria, o baixo ganchudo, e a voz anasalada (à la Iggy Pop, claro!) com o alto nível de alcohol e dance ao som, de “Pretending”, até cansar. Como diz o meu chapa Lúcio Ribeiro: este planeta precisa de festa. E colocando palavras na boca do moço: este planeta precisa de Sweet Fanny Adams!

obs: Faço questão de colar aqui alguns comentários desse post

enio disse,
em http://www.reciferock.com.br/2007/05/10/pop-out-antes-que-o-mundo-exploda/#comment-3446
virou a casaca, Cleyton? no teu antigo blog (que está fora do ar, por sinal) tu só não chamou o SFA de bonito.
menino volúvel, bem dizer.


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fernando disse,
em http://www.reciferock.com.br/2007/05/10/pop-out-antes-que-o-mundo-exploda/#comment-3501
acho que ênio quiz dizer isso aqui:
o Sweet Fanny Adams trouxe para o palco do Casarão músicas sem samplers ou novidades eletrônicas - na verdade, esses garotos fazem praticamente a mesma coisa que o Moptop fazia antes de abandonar o idioma inglês, ou seja, com duas guitarras agoniadas e vocal anasalado, putz! É muito chato dizer isso, mas parecia uma espécie de “Arctic Monkeys wannabe” - a banda não deu um sinal de inovação - além de tudo são “imaturos”, para usar uma expressão politicamente correta, com idade suficiente para serem irmãos mais novos de seus jovens fãs. Fãs que aprovaram o show, cantarolaram alguns covers, aplaudiram e, claro, não deixaram de soltar seus gritos uivantes.: wohoo!!



2. 17/05/07 - "Top 10" http://www.reciferock.com.br/2007/05/17/pop-out-eu-ando-ouvindo-voce/

TOP 10
“I need the good and old times

And it was you who came around”
Vamoz!, em “Target of Rock”

Olá! Hoje é dia de mais uma coluna gringa. Hoje é dia de Pop Out. Deixa eu me despreguiçar, arregaçar as mangas e apontar o lápis. Prontinho.

Enquanto bombaram as notícias “Madonna vai a África fazer compras”, “top Kate Moss assina (por US$ 6 milhões!!) coleção para rede de lojas inglesas Topshop e cai doidona nas baladas”, ou “Patricinha Paris Hilton dá um rolê no show do CSS”, eu fiquei encarregado de assumir uma missão muito ingrata: escolher dez CDs. É quase impossível para alguém que gosta mesmo de música dizer o que gosta mais. E sem querer começar a coluna com uma lista exaustiva de nomes de bandas recifenses, vou assim, limitar-me à resenhar alguns discos, por ordem muitas vezes não cronológica, de diversos grupos que de alguma maneira contribuem para a evolução e dignificação do cenário musical do Recife. Eu, de fato, sou daqueles que sempre junta as palavras “my” e “space” só para ver que bicho vai dá. E também compro e recebo alguns CDs. Ah, que saudade incrível dos meus seis/sete anos de idade, tempo em que eu só fazia brincar com minha coleção de Playmobil vestido com uma roupa de “Homem-Aranha” improvisada. Até senti falta da Nave Espacial da Xuxa. Nada de listas, tarefas… Bem, vou deixar de moleza e começar logo.

Vamoz!
Damned Rock ‘n’ Roll (Coquetel Molotov Fire Baby Records Monstro Discos)
Já vemos que não é nenhuma novidade falar sobre esse segundo CD da banda Vamoz!, mas assim como no primeiro To The Gig On The Road (2003), podemos ligar tudo às influências legais que o grupo têm do Pixies, Wilco, Teenage Fanclub e todas essas bandas de indie rrrock e country alternativo que lhe vem a cabeça. É um disco que foi lançado por três selos e, além disso, também é um DVD (o qual não vou fazer um comentário sequer). Damned Rock ‘n’ Roll é um CD bem produzido, com dedos cirúrgicos em cada música. Neste disco você encontra um fator que eles vieram mantendo desde aqueles tempos em que explicavam que o nome da banda é um convite ao rock: a necessidade de fazer um som sincero.


Os Insites
Os Insites (Independente)
Do Recife destaco também Os Insites: um grupo de quatro amigos apaixonados pelo rock ‘n’ roll dos anos 60. Munidos de todas as parafernálias sonoras e não sonoras que remetem ao espírito vibrante daquela época, Os Insites, liderados por André Conserva (guitarra e voz), recentemente “lançaram” um CD-R. Com muito esforço e dedicação, o disco foi produzido nos estúdios Âncora e Cardozo Records e, ainda digo mais, foi masterizado por Neilton da Devotos. A primeira fatia do bolo vai para a boa faixa de abertura “Expandindo”. A segunda fica (claro, o CD só tem essas duas faixas!) para “Vá em frente, pire à esquerda” que lembra bastante os anos dourados. A banda é única em descarregar riffs e brincar aos berros com citações em clima retrô. Também, pudera: Os Insites revisam o passado!


The Dead Superstars
Orange Girls In The Blue City (Bazuka Discos)
Segundo as más línguas (aquelas que escorrem muito veneno!), eles são uma espécie de “Sonic Youth Wannabe”, mas está na cara que as influências da banda partem do rock dos anos 90. São de Recife, mas cantam em inglês (qual é o problema?), e de vez em quando fazem parceria com outro grupo que também não canta na língua pátria: o Sweet Fanny Adams. Duas guitarras fuzzys e sólidas arrasando com os seus ouvidos, e um baixo simples marcando uma bateria propícia. No show você pode olhar do lado e vê um magro empolgado usando óculos de grau e com os cabelos encaracolados. Caso olhar do outro vê uma indiezinha nipônica. Adiante você vai encarar um “zulu” grandalhão e modernizado que parece ter saído de um desenho do cartunista Jamie Hewlett, e olhando para frente vai vê um carinha (que adora uma camiseta quadriculada), cantando de olhos bem fechados como se fosse o Black Francis, e já tão concentrado tocando o seu instrumento ele não consegue se mexer tanto. The Dead Superstars é partidário do shoegazer, o mesmo tipo de som que marcou (e ainda marca) a primeira fase do Mellotrons e que faz My Blood Valentine e Dinossauro Jr. não parar de ser cool. Não importa o que dizem: Recife precisa deles.


Rádio de Outono
Rádio de Outono (Coquetel Molotov)
Quem ainda não ouviu o primeiro EP da Rádio de Outono levanta a mão! Todo mundo ouviu, não é? Mas enquanto o próximo não vem este aqui vai continuar na minha prateleira. Comprei o disco na festa de lançamento em 2006 por causa do
Coquetel Molotov. Quase tudo que o Coquetel lança eu costumo verificar (o pessoal lá tem bom gosto!), achei que não fosse gamar neste “EPzinho”, mas ele é demais e Rdo é um ótimo exemplo de como uma banda pop sofisticada deveria ser: estilosa e retrô.

Monodecks
Reverbera na Caverna (Independente)
Esse single foi “lançado” numa tiragem super limitada pela própria banda. O disquinho não tem capa, ele vem protegido por um papel branco, e é sem dúvida uma produção promocional, ou seja, Reverbera na Caverna foi distribuido gratuitamente para alguns sortudos (eu, inclusive!) durante o Porto Musical, evento que antecede o Carnaval da cidade. Eu poderia até tentar citar algumas influências do Monodecks para lhe instigar a ouvir esse disco, mas não sei se vai adiantar. Faça o seguinte: você curte Brian Eno, Syd Barret e Slint? Escute o CD. Gosta de Sun Ra e Walter Franco? Escute mais ainda. Assimila tudo que é experimental ao gênero post-rock? Escute… Agora.


Amps & Lina
Enfim (Independente)
Enfim. Eu lembro que ouvi este disco por causa da vocalista Luciana Medeiros (um doce de pessoa!). Cada canção que entrava era uma tijolada na minha cabeça, pois eu não sabia se amava ou odiava. De um lado as influências bacanas que eles têm do Arcade Fire, Breeders , Structures, Cat Power. Do outro a qualidade do EP que não saiu das melhores. Tomara que o Amps & Lina, a banda das antigas (como diria Rogê de Renor!), lance um novo trabalho logo e que faça dele um produto pop rock daqueles bem produzidão.


Mula Manca & a Fabulosa Figura
Amor e Pastel (Independente)
O título do CD é um tanto aliciador: refere-se aos contos amorosos e histórias do dia - a - dia, que terminam esterilizadas nos jornais diários e revistas de fofoca. Mas não confunda… Esse disco do Mula Manca & a Fabulosa Figura não é um pastelão de piegas. Tanto os arranjos como melodias e letras, denotam um resultado de altíssimo grau de qualidade, beleza, etc. Amor e Pastel é um disco para ser apreciado com cautela. Essa foi a primeira impressão que eu tive quando me deparei com este álbum. Aqui, além do nome, o Mula Manca assassina o ar quixotesco e acata a novela romântica e, o que é melhor, sem receio.


Asteróide B-612
Rua da Aurora Boreal (Independente)
O que eu queria mesmo era andar por alguma rua desconhecida de Barcelona, mas não há lugares assim por aqui. É melhor ir direto ao ponto, isto é, Recife (PE). Então, vou começar a andar por uma rua bastante movimentada, Rua da Aurora Boreal. Não é uma rua glamourosa frequentada por superstars, e sim o novo EP do Asteróide B - 612 (que acabou de ser lançado). Ele fica logo depois de Imoral, Cara de Pau e Sem Vergonha – é só seguir a via fodida e diminuir um pouco a velocidade para não passar direto. É uma área mais calma do que a primeira, mas não pense que é decente, moral ou dentro dos padrões. Bebida e sexo ainda são os pensamentos que lhe surgem ao ouvir as faixas cantadas aqui nas redondezas por Zeca Viana (guitarra e voz). Quando eu passei por “Laser Bill” senti de longe o cheiro de cachaça. Quando eu medi pelos riffs rrrock desta canção, de Rua da Aurora Boreal saquei que o bom do Asteróide B - 612 é que a banda está mais próxima da tosqueira de outrora como o udi-grudi que da zoeira contemporânea do indie rock.


Erasto Vasconcelos
Jornal da Palmeira (Candeeiro)
Senhor de talento, bom coração e que denota espírito é o tal de Erasto Vasconcelos. Com uma experiência medonha, mas nem um pouco angustiado, ele sempre usufruiu da admiração dos músicos de sua e de nossa época. Entretanto, somente nessa década, quando perto dos 60 anos de idade lhe veio o reconhecimento. Jornal da Palmeira é o seu disco de estréia, lançado em meados de 2005. Por que ouvir? Este CD não apenas revela um homem de 59 anos, mas um mestre sem tamanho, que enfim teve o seu trabalho musical distribuído de forma decente pelo o mundo. E já que eu não achei nenhuma canção do homem na net… Vou terminar dizendo que a faixa “O Baile (Betinha)” é perfeita para dançar.


Diversitrônica
Diversitrônica (Independente)
Não conhecia Diversitrônica até pouco tempo atrás. Quando saquei pela primeira vez achei uma frialdade mecânica, mas festiva. Agora torço por eles, é uma grande banda e, acima de tudo, bastante divertida. Esse EP homônimo é bom por que tem Kraftwerk em sua essência, e isso fica cristalino em cada faixa (Jamming Session, Elefante E Castelo, Pastilhas Elasticas, Tarde). Nada de Atari, MSX, Sega, Nintendo ou Jaspion. Aqui, tudo vem do Kraftwerk: é a Mãe Germânia substituindo a Mãe África. Está mais do que no ponto. Diversitrônica tem de levar sua inquietude sonora e seu minimalismo para além das fronteiras de Pernambuco. E tenho dito.

***
PRIMAVERA SOUND FESTIVAL 2007
Nessa época do ano em Barcelona os dias são frios (daqueles que lhe fazem tremer) e ensolarados também. As folhas das árvores caem pelas calçadas, e todo cachecol é pouco quando se quer sair de casa. Você aprecia as ruas e as lindas cafeterias, anda de bicicleta e aguarda ansiosamente o Primavera Sound Festival, evento que se realiza aqui em Barcelona, durante três dias no Parc del Fòrum. Como sempre, o Primavera Sound mostrará o melhor da música internacional:
Sonic Youth, The White Stripes, Mike Patton, Patti Smith e os renascidos Smashing Pumpkins serão os grandes ganchos para esta edição (e eu vou está lá, papai!). Mas, antes do festival, eu tenho uma série de concertos “pré” para assistir. Na verdade, são três e eu nem sei se vou para todos. Entretanto, fico pensando: seria bom que os festivais daí de Recife também tivessem um aquecimento (não global, certo?) do gênero. Por aqui (além das futuras coqueluches!), vai rolar, no dia 28, às 21:00h, show de Nueva Vulcano (esses catalães têm já dois álbuns editados – Principal Primera e Juego Entropico, intercalados por dois EPs intitulados Sobremesa e Sagrada Familia, ambos de 2004), Estrategia Lo Capto! (trio que acata as grandes tradições do underground valenciano), e Lavodrama (suas canções passeiam por um lugar que te faz lembrar do Foo Fighters ou Kerosene 454). Já no dia 29 tem Centro-Matic (tecladinho enfeitado do Texas), The Sadies (filhotes de Neil Young) e, por último, no dia 30 (um dia antes do festival, mamãe!), teremos At Swim Two Birds (o som é bom, e o nome corresponde a um livro do escritor irlandês Flann O’Brien), Oslø Telescopic (banda com influências de rock, hip-hop passando pela disco-music) Gnac (as músicas são instrumentais, com instrumentos tão variados como piano, xilofone, guitarra, orgão e outros muitas vezes indecifráveis). Parece até Carnaval. É muita festa, baby! Vou até preparar os confetes. Blah!
***
ROCK COM CARA DE LEGUMES, MAS BEM CARNAL
Recentemente, a nova banda do ícone do punk Ian MacKaye,
The Evens, formada pelo mesmo e sua esposa Amy Farina passou pelo Recife, exibindo suas músicas de igual para igual mesmo tocando (num PUB com direito a clone de chopp e tudo mais!) instrumentos opostos e bradando algo do tipo “silêncio, seus merdas! Nos deixem tocar (como se fosse um João Gilberto Straight Edge)!” para uma platéia que bebe e fala demasiadamente. Depois desse episódio… A canção “Eventually” do excelente Get Evens (Dischord), passou a circular no meu aparelho de som e - ops! - no meu iPod. O diálogo guitarra/bateria em compassos diferentes, o refrão forte e a pegada hard-folk dessa música me lembra muito os primeiros álbuns de PJ Harvey, Minutemen e, óbvio, Minor Threat e Fugazi. Não preciso dizer mais nada. Diabolus in musica!
Um beijo para Mariana Fontes e isso é tudo

Tchau
Por Cleyton Brito



3. 24/05/07 - "Mapeando a Capital da Catalunha" http://www.reciferock.com.br/2007/05/24/pop-out-mapeando-a-capital-da-catalunha/

OBSERVAÇÃO! não vamos transcrever o texto "Mapeando a capital da Catalunha", pois achamos muito chato e grande. Também inclui uma entrevista interminável e MAIS COMENTÁRIOS SOBRE O PRIMAVERA SOUND FESTIVAL.

***

Após essas três publicações no Recife Rock (e vários comentários, como vocês poderão ver clicando nos links das obras), Cleiton (ainda Brito) deixou seu cargo de colunista do site.





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